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Sunday 27 December 2009

Trabalho individual: a manutenção das relações amorosas entre adolescentes através do digital

Apesar de antigamente as relações à distancia serem bastante mais usuais que actualmente, a verdade é que ainda existem e não só entre adultos. Milhares de adolescentes passam pela dolorosa experiência de não poderem passar todos os dias com o seu namorado/a. E a minha questão é a seguinte: conseguirá uma relação a distância sobreviver sem o contacto diário? O mundo digital (telemóveis, e-mail, skype, etc) veio ajudar a manter a chama acesa ou não? Desta forma pretendo analisar se este tipo de relações quando comparadas às chamadas relações de curta distancia estão destinadas ao fracasso, ou se pelo contrário, tem tanta possibilidade de sobrevivência e duração quanto qualquer outra.
Para além da bibliografia e textos de apoios utilizados no trabalho, pretendo realizar um questionário a um grupo de adolescentes que se encontram nesta situação e saber qual o tipo de suportes que utilizam para se comunicar entre si e há quanto tempo mantém essa mesma relação.

Trabalho Individual: A preferência entre as brincadeiras tradicionais e a utilização de novas tecnologias das crianças em idade pré-escolar

No mundo de hoje, onde o digital e a sua influência são evidentes em todos os domínios, a área da educação pré-escolar não é excepção. As crianças adquirem o gosto pelo universo das novas tecnologias cada vez mais precocemente, possuindo um fascínio pelo contacto com o digital. O objectivo do estudo é dar a conhecer as preferências das crianças com idades compreendidas entre os três e os cinco anos no que respeita às suas brincadeiras. Através da revisão bibliográfica e da investigação a realizar no Jardim de Infância, utilizando a observação directa e questionários aos educadores e às crianças, pretendo analisar as suas preferências, reflectindo sobre as mudanças e implicações que o digital proporciona às crianças nos dias de hoje.

As crianças do pré-escolar adquirem e interiorizam conhecimentos, e estreitam a sua relação com o mundo através de actividades lúdicas. Se fazer um puzzle é uma actividade lúdica, e jogar computador também, qual será a sua preferência?

Tuesday 15 December 2009

Segurança na Internet -para Crianças

Crianças "multitarefa"


Uma pesquisa realizada pelo Cartoon Networks aos utilizadores entre os 7 e os 15 anos do seu site, revelou que 73% dos utilizadores combina o uso de diferentes tecnologias ao mesmo tempo, revelando um comportamento “multitarefa”.
O estudo revelou que uma em cada cinco crianças já colocou um vídeo no YouTube. E que duas em cada cinco já trocaram conteúdos na WEB.

Crianças entre os 6 e os 8 anos utilizam a tecnologia de uma forma mais passiva, com foco no entretenimento.

Entre os 9 e os 11 anos, começa a existir uma maior interacção, através da busca de informação. É também nesta idade que a utilização dos videojogos é maior, essencialmente nos rapazes.

A partir dos 12 anos, a comunicação através do digital passa a ser primordial, passando a criança a dominara todas as ferramentas.

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As crianças na Internet


Na sociedade actual, cada vez mais crianças tem acesso à Internet e cada vez mais esse acesso é feito mais cedo e com mais frequência. O Estudo “Safer Internet for the Children”, que englobou 29 países da União Europeia, dá-nos um parecer da relação das crianças com a Internet. O estudo e envolveu rapazes e raparigas com idades compreendidas entre os 9-10 e 12-14 anos. Todas as crianças inquiridas têm acesso à Internet, não só em sua casa, mas também em casa de amigos, e todas afirmaram usá-la pelo menos uma vez por mês. Todas elas afirmaram reconhecer e saber lidar muito bem com os problemas e riscos que a Internet lhes pode trazer. Ainda assim afirmam que nunca é demais saber mais informação sobre esses mesmos perigos.

• Desculpas para usar a Internet
Jogos on-line (liderado pelos rapazes)
Procurar informação de interesse pessoal
Procurar informação para trabalhos escolares
Falar no MSN com amigos (liderado pelas raparigas)

• Aptidões
As crianças quando postas em frente ao computador mostram uma aptidão em mexer com a ferramenta da Internet, sendo algo bastante natural para si. Dizem que nunca necessitaram de alguém que lhes ensinasse a mexer.

Aprendizagem
Muitas dessas crianças dizem que aprenderam apenas por observar algum membro da família ou amigo a utilizar a Internet e que os pais só sabem o básico da Internet. E que ainda assim aprendem por si mesmos.

Intensidade do uso da Internet
Grupo dos mais novos 9-10 anos – ¾ vezes por semana – 30 minutos
Grupo dos mais velhos 12-14 anos – todos os dias – 2 horas
Geralmente vão ao fim do dia, depois da escola e fazerem os trabalhos de casa. Os feriados e os fins-de-semana podem levar que as crianças vão mais à Internet porque não tem nada que fazer ou então o contrário, em favor de actividades como o desporto ou jogos com os pais.

• Regras impostas pelos pais
Salvo algumas excepções do grupo dos rapazes mais velhos, relativamente às regras impostas pelos pais as crianças dizem que não ficam chateadas e que acham que são justas e que até sentem que tem alguma liberdade ao navegar na Internet. É-lhes dito os sites a evitar e que não podem dar informação pessoal de qualquer espécie a um desconhecido ou marcar um encontro. Já nas raparigas nota-se uma maior auto-disciplina e apreciação de confiança depositada em si pelos pais, mostrando-lhes com mais frequência os sítios por onde navegam.

Maior risco da Internet
Em todos os países envolvidos, o maior risco da internet apontados pelas crianças são o contacto com adultos desconhecidos.

A questão é que as crianças apesar de dizerem e pensarem que sabem os riscos que correm e dizerem que estão informadas, acabam por mais cedo ou mais tarde adoptar esse comportamento, muitos confessam que já se envolveram em situações perigosas, como dar o e-mail a estranhos, ir a um encontro, foram vítimas de bullying ou conhecem alguém que já foi. O mais extraordinário é que apesar de tanto rapazes e raparigas dizerem que tentariam resolver os problemas sozinhos, os mais novos mais depressa pedem ajuda aos irmãos e pais, enquanto os mais velhos só o fariam numa situação dramática. O grupo dos mais velhos não contariam tão depressa aos pais o que se passaria numa situação destas porque querem privacidade, autonomia e poder de afirmação, e também por terem receio que os pais lhes proibissem o uso da Internet. Ainda assim acham-se demasiado confiantes, crescidos e capazes de distinguir e desmascarar situações de perigo sozinhas.

http://ec.europa.eu/public_opinion/quali/ql_safer_internet_summary.pdf

As crianças e o telemóvel


Hoje em dia são muitos os pais que fazem do telemóvel um brinquedo para distrair ou entreter as crianças.
O estudo “E-Generation: Os usos dos media pelas crianças e jovens em Portugal” de 2007, revela que os jovens portugueses fazem em média 3,56 chamadas por dia e enviam habitualmente 25,72 mensagens por dia. A introdução do telemóvel na vida dos adolescentes é visível através do desconforto que afirmam sentir quando não têm consigo o seu telemóvel ou quando se encontram impossibilitados de o usar (sem rede ou sem bateria).
Os efeitos negativos do uso do telemóvel ainda não estão comprovados, mas existem diversos estudos que apontam para os seus malefícios, nomeadamente em crianças com menos de doze anos, uma vez que a resistência do crânio aos campos electromagnéticos é menor, sendo as crianças mais sensíveis a tumores e a malformações cerebrais.
No mercado das tecnologias começaram a surgir modelos de telemóveis direccionados para as crianças, começando as crianças a ser encaradas como público-alvo, como o telemóvel da Hello Kitty e o telemóvel das Winx.


O telemóvel da Hello Kitty é um Sony Ericksson, custa cerca de 120 euros e quando foi lançado no ano passado pretendia que no prazo de um ano, uma em cada 15 adolescentes utilizasse um telemóvel Hello Kitty. Embora o seu target sejam mulheres entre os 20 e os 40 anos, bem sucedidas e que gostem de mostrar o seu lado de “menina”, os seus principais consumidores têm sido as crianças.






Temos também o telemóvel Winx, um Samsung E 250i da Optimus também. É destinado a meninas entre os 7 e os 10 ano e o preço ronda os 65 euros. Todos os acessórios disponíveis são também inspirados no tema das fadas Winx. Este telemóvel veio responder a falhas do target, digamos assim, pois estudos recentes indicam que as crianças valorizam telemóveis que tenham MP3, jogos, câmara fotográfica e bluetooth, não querem telemóveis infantis mas sim telemóveis semelhantes aos dos adultos. O modelo segue o conceito Optimus Kids, que consiste num conjunto de serviços destinados a proteger a criança como serviços de localização, de bloqueio de chamadas, chamadas SOS que permitem à criança contactar os pais em situação de emergência, mesmo sem saldo.



Quanto ao telemóvel da Imaginarium,MO1, este é um exclusivo da TMN, simples e colorido e foi concebido especialmente para as crianças, sendo feito à medida das mãos dos mais pequenos, as teclas têm desenhos intuitivos e coloridos, adequados à compreensão das crianças.

Ficam então as questões: Será que a criança precisa de um telemóvel topo de gama? Estará a criança a crescer para a autonomia ou a acentuar a sua dependência?

Os perigos da Internet


Apesar de a Internet ter sido uma das maiores invenções do século XX e de nos permitir a troca de informação, de fazermos novos amigos, de podermos comunicar em tempo real com familiares que se encontram do outro lado do mundo ou até mesmo tirarmos uma dúvida com um professor, a sua utilização também acarreta alguns perigos. Sendo estes três os mais importantes:

Anonimato e encontros pela Internet
O anonimato é um dos principais problemas associado à utilização das salas de conversação, e tem de se estar ciente que nunca se sabe com quem é que se está a falar, que essa pessoa pode não ter as melhores das intenções, e que na maior parte dos casos, nos pode revelar informação falsa sobre si. A grande questão é que muitas das crianças que acedem diariamente a chats e salas de conversação não tem percepção do perigo que podem enfrentar, e o que um possível encontro com um estranho pode implicar na sua segurança e bem estar. Actualmente, temos conhecimento todos os dias de milhares de casos de adolescentes que após conhecerem alguém pela Internet, falarem durante algumas semanas e dizerem que estão perdidamente apaixonadas, fugirem de casa para se encontrarem com o dito "amor da sua vida". A verdade é que grande parte das vezes estes encontros acabam na morte da rapariga, e são raros os casos em que o desfecho é bom. Daí ser muito importante que os pais conversem com os seus filhos sobre revelarem a sua informação pessoal a estranhos e de acederem a estas salas de conversação sem qualquer tipo de aviso e precaução.

Pedofilia
É praticada muitas das vezes através de salas de conversação ou mesmo através da criação de perfis falsos em redes sociais. Os pedófilos normalmente fazem-se passar por crianças, utilizando uma linguagem mais apelativa, fazem elogios para ganhar a sua confiança e muitas vezes motivam-nos a terem conversas menos próprias e ainda assim incentivam os menores a enviar fotografias suas. Estes predadores, utilizam assim o meio digital para tentar aliciar crianças, aproveitando-se da sua ingenuidade para marcarem encontros com o intuito de abuso, sequestro ou até mesmo exploração sexual.

Roubo de identidade
As actividades criminosas andam cada vez mais ligadas à Internet. Normalmente, para podermos aproveitar todos os benefícios da Internet, como fazer compras on-line, enviar e-mails ou ir a sites procurar informações, é preciso fornecermos alguns dos nossos dados pessoais, e é aí que tudo acontece. O roubo da identidade acontece quando alguém se apropria do nosso nome e da nossa identidade para obter algum benefício em troca, e grande parte das vezes sucede-se on-line. Ainda assim hoje em dia também é muito comum também o roubo de identidade nas redes sociais, como hi5 e Facebook, podendo a pessoa que se faz passar por nós mandar mensagens insultuosas em nosso nome, assim como vídeos e imagens com conteúdos menos próprios.

Sítios Seguros na Internet


É importante as crianças navegarem pela Internet com segurança e poderem aceder a sites que para além de lhes proporcionar momentos de diversão, possam ao mesmo tempo ser pedagógicos e lúdicos. Aqui ficam algumas sugestões de sítios seguros por onde as crianças podem navegar sem quaisquer restrições:

www.monica.com.br/index.htm

www.barbie.com

www.sitiodosmiudos.pt/sitio.asp

www.disney.pt

Uma comparação entre as duas gerações: Televisiva e Digital


Devemos levar em consideração a geração dos jovens da televisão a dos nossos pais e a digital a atual. Sendo assim, devemos traçar uma comparação lógica: a primeira estava de certa forma mais centrada no que se ouvia e não era mais passiva quanto a resposta da mensagem e a segunda é mais participativa; a televisão já lhes dava a informação pronta, enquanto a segunda faz com que, através da interação, seja possível uma maior contribuição de quem está do outro lado do canal, o que gera mais inteligência que a segunda; com o mundo digital, foi possível expandir horizontes e, no mundo televisivo, há mais limitação já que o utilizador só precisa ficar parado e receber a informação e não ainda enviá-la; por último, o digital possibilitou que os jovens abrissem mais suas mentes para uma maior aceitação das diferenças que a geração passada que estava habituada em ver os esteriótipos da televisão, aceitá-los e, sobretudo, projetar o que se via na televisão para seu quotidiano.

Amizade na Internet – um novo conceito a se discutir


“O amigo virtual é alguém encontrado no espaço virtual. Pode ser de outro país ou cidade e da mesma maneira com que se instala na vida do adolescente, também pode desaparecer. Afinal, basta encerrar a conversa ou bloquear o seu contacto, quando não existe mais interesse na amizade. Já com o amigo real, é preciso conviver e respeitar as diferenças”.

Fonte:
REDE ROCIO, Entre o Real e o Virtual. Amizade Virtual em Revista Família Cristã n° 867 - pag. 20 - 11 November, 2009. Acessada em 04 de dezembro de 2009 no endereço: http://www.difusoraam1460.com.br/site

Um gráfico e uma constatação

Esse gráfico pertence aos estudos de "Isolamento Social, um grande perigo" de Bruno Dutra, Cristyan Santos, Rafael Graboski, Wallace Luiz, Orlei Pompeiro, Grupo de Pesquisa em Informática, Tecnologia em Desenvolvimento de Software, Sociedade Paranaense de Ensino e Informática – Faculdades SPEI. Como podemos ver o gráfico é bem claro: o mundo digital já representa, em grande parte, um perigo, já que colabora para que as pessoas se afastem do convívio social para utilizarem cada vez mais a Internet. Analise o gráfico e dê a sua opinião.

Mitos sobre o jovem e a tecnologia


O estudo “Jovens na Era Go Global - Interatividade e Interconectividade” realizado pela Ipsos, uma multinacional francesa de pesquisa, derrubou vários mitos relacionados com o jovem e a tecnologia:


1º - A juventude de hoje é um enigma, os jovens de hoje são muito diferentes dos jovens do passado

Na verdade as características chave da juventude mantêm-se e até se fortalecem com a chegada das novas tecnologias. A necessidade e o desejo de pertença a um grupo, os amigos como autoridade e como referência, a insegurança característica desta idade e o imediatismo, são facilmente identificáveis nos jovens de hoje, assim como o eram no passado.
Os jovens querem participar, ser protagonistas e não apenas espectadores e o digital vem activar nos jovens valores que sempre ambicionaram como a liberdade, independência e velocidade, ajudando a construir a sua identidade.

2º Todos os jovens gostam e entendem tudo sobre as tecnologias.

Isto é falso, porque existem diversos tipos de tecnologia: a Internet, os jogos de vídeo, os telemóveis… Nem sempre, quem é bom ou entende muito de um tema, quer dizer que entenda de outro. Isto depende muito da motivação e dos interesses pessoais de cada um, visto sermos todos diferentes e não nos interessarmos pelas mesmas coisas.

3º O jovem de hoje está cercado de relações virtuais e impessoais

Neste terceiro mito, a pesquisa revela que apesar dos jovens possuírem relações virtuais, essas por sua vez são relações humanas e por si só, já são pessoais. Também devemos ter em conta que o computador é apenas um canal para a comunicação, ou seja, a máquina representa o ser humano em parte, mas não o substitui e não expressa o sentimento humano com perfeição.

Vivemos numa sociedade em que as relações humanas têm como suporte o digital, mas temos de ter em consideração que se trata do real que é transformado em virtual,que por sua vez se reflecte no real outra vez.





Monday 14 December 2009

A Casa Imaginária - um projecto inovador

Sunday 29 November 2009

Um exemplo da forma como a propagação acontece

De repente uma ligação telefônica! “Tô, quem fala?”Era minha amiga francesa, Diolinda, a falar que haveria um concerto naquela noite em Lisboa e grátis. A cantora era a reconhecida internacionalmente, Nelly Furtado. Foi um convite um pouco inesperado e meio que desconfiado eu fui. Não sabia se era ou não verdade. Só, na fila de espera, é que vim perceber tudo aquilo. Tratava-se do Optimus Secret Shows, um show que é apenas divulgado nas redes sociais da Internet com o público-alvo sendo os jovens. Era o segundo show que estava a ser promovido nesse estilo: uma mensagem de boca em boca usando o meio digital. Ou seja, foi a união perfeita entre a tradição da fala e o canal moderno que é a Internet.

Tudo funciona da seguinte forma: os utilizadores da rede social My Space recebem uma mensagem de que vai acontecer um show secreto nos próximos dias. Então, cria-se a expectativa e todos ficam prontos para o próximo passo que é a determinação do dia, local, hora e banda do show. E acontece bem rápido de forma que a velocidade entre os participantes da rede seja a chave para que der certo. E dá! Engana-se quem pensa que não, pois o Coliseu dos Recreios em Lisboa lotou e ainda pessoas ficaram de fora! Foi incrível notar que a comunicação tradicional pode ganhar a proporção que ganhou com o campo digital. Além disso, deu para ficar bem próximo da bela Nelly!

Wednesday 25 November 2009

Os jovens E-consumidores

Utilizar a Internet já virou uma prática absolutamente comum e todos os dias várias ações do dia-a-dia são transferidas para o meio virtual. Um grande exemplo é estudar e fazer compras! Para os jovens, essa é uma realidade cada vez mais normal. Muitos deles compram livros, CD’s, DVD’s, entradas de show’s e cinema, assim como passagens aéreas, pela Internet. Por isso, muitas empresas estão a se adaptar a este segmento de mercado que se acomoda em casa e fica a gastar o dinheiro.

Mesmo havendo várias vantagens de se comprar pela Internet como menos gastos com transporte para se deslocar até a loja, gastar tempo a procurar e correr o risco de, após a compra, ser assaltado no caminho, ainda há uma grande desconfiança quanto a usar o meio digital para realizar compras. Isso, porque os consumidores ainda têm a ausência ao toque e saber que estão mesmo a comprar um determinado produto e quais as suas dimensões.

Entretanto, isso pretende mudar, pois, apesar das desconfianças, os jovens que compram pela Internet falam a outros jovens que não compram pela Internet e, assim, convencem-nos a comprar. É uma questão apenas de segurança. Além disso, é como analisa André Sapoznik, um pesquisador na área, “esta é uma geração que só não compra mais pela Internet porque não possui independência financeira e ainda depende de uma série de fatores para pode concretizar as transações”.

A tendência é que em um futuro próximo, o E-comcércio seja um negócio de confiança para todas as faixas etárias. É nessa perspectivas que muitas empresas estão a aderir a essa modalidade de compra.

Mundos da Infância

O Mundo da Criança - Digital


Parar. Sentar. Fixar o olhar. Obedecer a instruções. Concentrar. Receber informação. Carregar em botões. Navegar. Jogar. Irritar. Ganhar. Perder. ENTORPECER

O Mundo da Criança – Tradicional


Correr. Saltar. Rir. Brincar com os amigos. Fazer birra. Brigar. Fazer as pazes. Escorregar. Cair. Magoar-se. Chorar. Rebolar na lama. Sujar-se. Explorar. Sentir a chuva. Descobrir. Imaginar. Sentir o mundo. VIVER

Wednesday 11 November 2009

Alma gémea musical


O texto “Tunes That Bind” de Nancy Baym e Andrew Ledbetter foi baseado num estudo realizado aos utilizadores do Last.FM, através do qual se pretendia examinar os relacionamentos interpessoais nas redes sociais, tentando compreender até que ponto o Last.FM consegue criar homofilia a partir do gosto musical e como a comunicação através deste se associa a outras formas de comunicação, quer online quer offline.


O Last.FM encontra-se organizado através de associações de quem partilha os mesmos gostos musicais, sendo um dos critérios na recomendação de amizades, o que sugere a ideia de alma gémea musical.


Os resultados do estudo concluem que quase metade das amizades iniciaram-se no Last.FM (47,1%) mas que a sua existência é recente, com apenas 26% dos inquiridos a afirmar manter uma amizade há mais tempo, cerca de um ano ou mais. Este indicador é representativo no que respeita à questão se o Last.FM cria ou não laços de amizade e, se sim, como são esses laços. As amizades cimentadas apenas no Last.FM são relações fracas, que na sua maioria não evoluem no sentido de criar uma amizade forte. Se ao uso do Last.FM adicionarmos outras formas de comunicação, quer seja através de outros sites ou plataformas, quer seja através da imprescindível comunicação cara a cara, melhoramos as relações estabelecidas. A Teoria da Multiplexidade dos Media afirma que quanto maior for a utilização de várias formas de comunicação, mais forte e melhor será a relação construída entre as pessoas. A comunicação online não substitui assim a comunicação offline mas completa-a, melhorando-a. Apesar de vários utilizadores comunicarem com os seus amigos através do Last.FM, a maioria prefere fazê-lo através de outros media.


O estudo constatou também que os americanos têm maior probabilidade de fazer amizade no Last.FM do que os europeus, o que talvez se justifique pela extensão geográfica. A maioria dos utilizadores do site é de países diferentes, sendo de referir que existe uma maior possibilidade de existir uma amizade entre sexos opostos.


Um aspecto importante é o facto de ser a música e o gosto por determinado estilo ou artista que une as pessoas nesta rede, uma vez que é discutível se só e apenas só o facto de partilhar as mesmas afinidades musicais é motivo para fazer nascer uma amizade. Fica a questão: Até que ponto o Last.FM une as pessoas? Será que existe uma alma gémea musical?

O perigo na Internet para crianças e adolescentes


Cada vez mais cedo, as crianças e adolescentes usam a Internet para se comunicar com seus amigos e com seus familiares. Essa modalidade de comunicação se dá através do meio virtual. Nesse canal, é possível criar um avatar que pode ou não ser verdadeiro de acordo com a vontade do utilizador do suporte. Assim, um homem pode se passar por uma mulher ou vice-versa.


No mundo virtual, ainda pode acontecer o pior: um adulto passar-se por crianças e induzi-las a fazer coisas de adultos. Só para termos uma idéia, desde 2003, os casos de pedofilia aumentaram em 149%, segundo associação italiana Telefono Arcobaleno. Segundo a pesquisa realizada pela associação, a Europa obteve mais casos de pedofilia (86,6%) e aumento de 406% desde 2003.


Não se pode confiar que as crianças fiquem a utilizar o a Internet livremente como se estivessem a brincar no playground com seus amigos. É preciso vigilância e atenção, visto que qualquer pessoa, hoje em dia, pode utilizar a rede mundial para se comunicar com quem quer que seja.


Portanto, cabe às autoridades, tomarem providências de fiscalização frente a esses crimes. Sendo assim, os governos devem estar atentos que a máquina pode ser utilizada para o bem como para o mal.


Mas a principal questão é: como uma criança foi colocada naquela situação? No fim, a culpa foi nossa, porque a ocupamos com um computador a sua frente como se fosse sinônimo de que ela está “salva em casa” de todos os perigos de “fora”. Mas até onde estamos em um espaço físico determinado em frente a um computador? Devemos rever os nossos conceitos de crime contra uma fase da vida em que somos tão vulneráveis.

Mais vale prevenir do que remediar


Actualmente o telemóvel desempenha um papel de elevada importância na vida das pessoas, principalmente, nos mais jovens. Faz parte integrante da nossa cultura, tendo deixado de desempenhar há muito tempo o seu objectivo primordial: permitir a comunicação entre pessoas que estão distantes. Consequentemente, passou a ser encarado como um acessório de moda, indispensável ao nosso dia-a-dia ao qual estamos constantemente “agarrados”. A excessiva utilização do telemóvel pode fomentar, apesar de não estar provado cientificamente, efeitos nefastos nas pessoas em geral, mas principalmente em crianças de idade precoce, que muitas vezes utilizam este aparelho por imitação dos mais velhos, não entendendo o perigo que significa para si e sem necessidade alguma.


Penso que parte dos pais proibir o uso do telemóvel numa determinada idade e explicar-lhes o porque da sua decisão, fazendo-os entender que ainda não tem necessidade e maturidade para o usar, ou então, quando confrontados com o seu uso excessivo, mostrar-lhes que há alternativas melhores do que passar uma tarde inteira as mensagens com os amigos, podendo passar mesmo tempo “real” com eles. Aquilo que acontece muitas vezes, é o facto de os pais caírem muitas vezes eles próprios na armadilha de ver nesse aparelho um brinquedo para entreter os seus filhos (um quebra isolamento), ou então mesmo, visto como uma estratégia de segurança para os localizar em caso de emergência.


Uma outra questão importante é a escrita. O aparecimento do telemóvel veio afectar e negativamente a maneira como os jovens escrevem. As palavras para além de ser abreviadas na maior parte dos casos, acabam por ser substituídas. Palavras como o “que”, “de” ou “sim” surgem da seguinte maneira “k”, “d” ou “xim”. Apesar de existir um deturpamento da Língua Portuguesa, futuramente poderá constituir um problema ainda maior: os portugueses não saberem mais escrever na sua língua materna.


É provável que nos próximos anos, ou nas próximas décadas, sejam descobertos os efeitos nocivos da utilização exagerada dos telemóveis. Nessa altura, será tarde, pois milhões de crianças poderão vir a ser afectadas. Assim seria prudente limitar o uso dos telemóveis nas crianças pequenas. E vale mais prevenir do que remediar.

Wednesday 21 October 2009

PowerPoint - usar ou não usar, eis a questão


A questão é simples: Com ou sem PowerPoint? Mas a sua resposta torna-se, por vezes, um pouco mais complexa quando estamos na altura de preparar uma apresentação. Toda a gente o usa: em colóquios, seminários, conferências, até mesmo em trabalhos de grupo, mas a verdade é que nem toda a gente se questiona sobre as suas consequências ao nível da comunicação. Como Edward Tufte afirma no seu texto PowerPoint Is Evil:

“Imagine a widely used and expensive prescription drug that promised to make us beautiful but didn´t. Instead the drug had frequent, serious side effects: It induced stupidity, turned everyone into bores, wasted time, and degraded the quality and credibility of communication.”


Em vez do PowerPoint ser um instrumento de suporte de uma apresentação, tornou-se a apresentação em si: simples (por palavras-chave, tópicos); sem conteúdos pesados; sem qualidade (informação pouco aprofundada) e denunciando uma falta de reflexão, de empenho em desenvolver a temática ou até mesmo de compreensão.

Ao sermos iniciados nesse mundo do audiovisual PowerPoint, deveríamos aprender algumas outras coisas básicas sobre funções de comunicação. A principal lição seria: o conteúdo não pode ser substituído pela forma como é transmitido. Isso acontece normalmente e não nos damos conta de que a informação que desejamos passar acaba por se perder, pois há tanta imagem que não se percebe nada. Ou seja, imagem em detrimento da informação. Outra lição seria: não colocar muito texto em uma apresentação. Isso deixa quem assiste muito enfadado e com muito sono. Agora, há mais informação que imagens, mas são informações demais que acabam por atrapalhar a compreensão. Ou seja, muitas letras para pouco espaço. Um outro detalhe é: a apresentação por slides não pode ser a única fonte, você tem de saber o conteúdo que quer apresentar e não ficar dependente do que aparece no slide.

A questão é simples: Não deixe que o fascínio pela multimédia o transforme num vendedor de ideias soltas, num apresentador de imagens e vídeos apetitosos que falham na ausência de conteúdos.

Thounds


Thounds é um site que permite gravar e partilhar músicas originais. Se no decorrer do nosso dia tivermos uma ideia para uma música podemos aceder ao Thounds para a gravarmos, visto este site ter um gravador de áudio integrado na sua página Web. Para isso, basta-nos ter um microfone integrado no nosso computador, ou então, caso queiramos adicionar algum instrumento à nossa música temos de ligar o objecto ao computador. Depois de gravada a faixa de áudio, milhares de pessoas em todo o mundo podem alterar e melhorar a nossa faixa, adicionando novos ritmos ou instrumentos. Depois de finalizada, a música pode ser postada em blogs e ainda em redes sociais como o Facebook, MySpace, etc. O Thounds tem como objectivo captar as nossas inspirações musicais e ainda assim, criar uma comunidade de pessoas que partilham o mesmo gosto: a música.

O Thounds, sendo uma ferramenta de Web 2.0, permite que o utilizador deixe de ser um mero receptor para passar a ser ele próprio produtor de conteúdos. Uma das principais características deste site é o aproveitamento da inteligência colectiva: um utilizador pode gravar um som, que posteriormente é editado por outro membro da sua rede.

Se é amante de música, visite: www.thounds.com


Thursday 15 October 2009

“Dormi na casa de pessoas que nunca tinha visto antes”!!!


Essa frase, no mínimo, soaria estranha se não estivéssemos falando sobre uma rede social conhecida por CouchSurfing. Através de um perfil virtual, pessoas de todo o mundo relacionam-se e se hospedam umas na casa das outras com a confiança na ferramenta da Internet.


No entanto, engana-se quem pensa que isso é apenas uma brincadeira de postar fotos, músicas e recadinhos para um amigo como acontece em outras redes como Orkut e Facebook, pois cada membro para ser confiável deve passar por uma averiguação do sistema do site. Nesse caso, há uma união entre os dados postos no perfil virtual com quem realmente o utilizador é no “mundo real”. Além disso, se outros contatos que foram verificados pelo sistema passarem no seu perfil e deixarem relatos sobre você, haverá mais confiança.


Depois de ser considerada uma pessoa confiável, os outros utilizadores podem saber se podem recebê-lo ou se hospedar em sua casa por alguns dias com a tranquilidade de quem está na presença de um velho conhecido. Os maiores integrantes dessa rede são os tão conhecidos “mochileiros”, jovens que viajam pelo mundo em busca de conhecimento, diversão, cultura e conhecer novas pessoas e lugares.


Como isso tudo acontece? As pessoas se conhecem em grupos que podem ser por afinidade de gosto musical ou equipa de futebol ou, o mais popular, de acordo com cada cidade. Assim, elas se conhecem virtualmente, através do perfil que existe na Internet. Porém fazer parte da rede não significa que você tenha que obrigatoriamente hospedar alguém em sua residência, há, nos perfis, opções sobre sua disposição e, dependendo do caso, você pode selecionar apenas que está disposto a tomar um café, um drink ou dar uma volta e apresentar os principais pontos turísticos de sua cidade.


Para conferir sobre o CouchSurfing, acesse http://www.couchsurfing.org/ e conheça o mundo em seu sofá ou no sofá dos outros!

Wednesday 7 October 2009

Imagine

Imagine uma história dos media invertida: uma história da comunicação em que os meios audiovisuais surgiram em primeiro lugar. Seguindo a sugestão de Steve Johnson, em “Tudo o que é mau faz bem”, uma história em que os jogos de vídeo foram inventados muito antes que os livros. Qual seria a aceitação destes últimos? Muito provavelmente surgiriam comentários afirmando o valor de estimulação que os jogos de vídeo comportam, em detrimento do isolamento e da falta de estímulo dos nossos sentidos que a leitura oferece, como afirma o autor.

Apesar do importante valor da leitura, que permite desenvolver a atenção, a concentração, estimulando o pensamento; e comparando-o aos jogos de vídeo, este trata-se de um processo passivo, onde não é possível interferir no desenrolar dos acontecimentos. Mas a controvérsia gerada em torno desta temática não é se não, uma dificuldade em ver para além dos benefícios da leitura, que não têm que colidir com os benefícios dos jogos de vídeo. Tem de se criar um espaço para equacionarmos vários pontos de vista diferentes, para que juntos, a leitura e os jogos de vídeo, proporcionem benefícios para as crianças.

O efeito do progresso da tecnologia é cada vez maior, segundo um artigo da Pública, o elevado número de casos de hiperactividade poderá significar muito mais do que uma simples doença. A crescente exposição precoce às múltiplas imagens audiovisuais poderá estar a causar problemas de atenção, uma vez que o cérebro passa a aceitar apenas um elevado grau de estimulação, consequência da velocidade e fragmentação dos estímulos visuais. Podemos estar perante uma mudança na inteligência humana, que se depreende com formas de pensar mais imediatas e tridimensionais.

Existe um choque entre a novidade e a tradição: “Avô, vem jogar Playstation comigo.”; ao que este responde: “Neto, o avô não percebe dessas modernices. Vem antes jogar ao berlinde.”. As brincadeiras lúdicas têm vindo a mudar com o tempo, adaptando-se à rapidez com que as nossas crianças aprendem. Enquanto as novas gerações tendem a valorizar apenas as novas tecnologias, as gerações mais antigas não se conseguem adaptar.

Os jogos de vídeo, devido a terem surgido depois dos livros, criaram uma certa rejeição por parte das pessoas, sendo vistos como algo não benéfico. Mas o problema é que as pessoas só se limitam a olhar para um dos lados da questão, em vez de analisarem a frente e o verso. Claro que por um lado, os videojogos têm conteúdos impróprios e violentos, e que, possivelmente esses mesmos conteúdos poderão determinar comportamentos violentos no futuro. Mas o mesmo se pode dizer dos livros. Há uns anos atrás houve um caso de suicídio de um rapaz que se atirou de um prédio porque pensava que tinha poderes mágicos como o seu herói, Harry Potter. Será então uma comparação justa? Ou serão estes dois passatempos mais semelhantes do que parecem?

O problema apontado por este artigo é, não só a inadequação do sistema de ensino, que não tem em conta estas novas competências, exigindo às crianças capacidades e comportamentos incompatíveis com esta mudança; como também o facto de se encarar esta transformação de capacidades como uma doença, o que leva à administração de Ritalin (anfetamina), a um elevado número de crianças por todo o mundo.

Mas de quem é a culpa? Dos media que “bombardeiam” as novas gerações? Ou, quem sabe, dos pais que tomam uma atitude super protectora de colocar os seus filhos cada vez mais em contacto com esse novo mundo, de modo a não deixarem que as crianças saiam de casa e “corram o risco” de brincar na rua?

Cada vez mais os pais estão a ceder aos pedidos dos seus filhos, tornando-os crianças mais dependentes e sem limites. Além disso, a exposição excessiva à tecnologia, trouxe o comodismo de receber tudo pronto e na hora, o que gera indivíduos impacientes e cada vez menos independentes.

Esta situação agrava-se pelo facto de as tecnologias serem uma presença constante no nosso dia-a-dia e de os pais terem cada vez menos tempo para estar com os seus filhos; o que faz com que haja um aproveitamento exagerado das tecnologias… Os pais em vez de brincarem com os filhos, de os estimularem para outras actividades e de lhes mostrarem que existe um número infindável de coisas para fazerem a par de estarem sentados horas em frente à televisão a jogar, limitam-se muitas vezes a dizer “Ah, joga um bocadinho de Playsation enquanto a mãe acaba o que está a fazer!”. Geram-se então questões controversas: Será que é justo culpar as tecnologias? O seu uso será o mais correcto?

A questão da atenção é proeminente, dado que é o que permite estabelecer ligações aos assuntos, assim como relações pessoais. Sem a sua existência tudo se torna superficial. Torna-se assim imperativo uma tomada de consciência para a influência tecnológica e para todas as mudanças que esta permitiu.

Será necessária uma adaptação da escola a esta nova realidade, mas também é importante que a escola mantenha os seus métodos mais tradicionais, que fomentam outras competências importantes para o desenvolvimento cognitivo humano.

Imagine. Questione-se. E pondere todos os pontos de vista.

Thursday 24 September 2009

Viver eternamente na mente

E se um dia a tecnologia ousar captar todos os momentos da nossa vida e todas as imagens que constituem a nossa memória? "Final Cut"("A Última Memória") retrata uma sociedade perturbada pelo avanço tecnológico, onde já não existe privacidade, espontaneidade, ou até mesmo liberdade, valores fundamentais para a sobrevivência humana. Esta sociedade encontra-se dividida entre os que são contra esta invenção tecnológica e os que a defendem de uma forma utópica. Os primeiros, são apresentados como marginais e excluídos da sociedade, sendo identificados através de uma tatuagem específica, que danifica o chip que lhes é colocado pelos seus pais, lutando assim contra o poder da tecnologia. Já os últimos vêem o chip como uma forma de poder aceder ao seu passado, não se importando de abdicar da sua privacidade.

O filme conta a história de Alan, um cutter, que tem o poder de editar, "abrilhantar" e compilar as memórias das pessoas que morrem, numa espécie de mini-filme, mostrado no seu funeral, tendo assim uma retrospectiva da sua vida. Isto tudo é possível através do implante do chip Zöe no cérebro. Como se estivesse nas mãos dos editores decidir quais os momentos especiais de cada pessoa, quais as melhores recordações e quais as emoções que os mais próximos vão querer guardar para si. Nós não precisamos de imagens para nos lembramos das pessoas, não precisamos de qualquer tipo de suporte técnico para constituirmos a nossa memória. Porquê? Esta deve ser construída através das nossas vivências, emoções e das nossas percepções e, ninguém tem, nem o direito nem a capacidade, de olhar para as imagens de uma outra vida e resumi-las a um mero filme de homenagem. É demasiado evasivo e egoísta.

Por outro lado, o uso deste tipo de tecnologia acaba por se tornar uma mais-valia, pois, com o passar do tempo, quem não queria reviver a sua infância e a sua adolescência? Quem não gostaria de recordar ao pormenor todos esses momentos, emoções e peripécias novamente? Por alguma razão se diz que essa é a melhor época das nossas vidas e existe quase sempre uma constante nostalgia e ânsia na voz de qualquer um de nós quando fala de tal assunto.

Esta questão torna-se controversa, gerando um paradoxo. Quando pensamos em viver com o chip acabamos por ter a nossa privacidade revelada para aqueles que nos são mais próximos. Ao termos conhecimento da sua existência, consciente ou inconscientemente, não nos comportamos da mesma forma. Então, fica a pergunta: Qual o preço de viver eternamente na mente?

Bem-vindo

Bem-vindo ao espaço Digital a Três! Este blog será o resultado de três pontos de vista diferentes, de três perspectivas distintas, ou, por vezes, de três pensamentos que se completam... Semanalmente, serão colocados posts sobre diversos temas relaccionados com o Impacto que o Digital tem nas Crianças e Adolescentes no âmbito da disciplina de Comunicação Digital da Universidade Católica Portuguesa.