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Wednesday 21 October 2009

PowerPoint - usar ou não usar, eis a questão


A questão é simples: Com ou sem PowerPoint? Mas a sua resposta torna-se, por vezes, um pouco mais complexa quando estamos na altura de preparar uma apresentação. Toda a gente o usa: em colóquios, seminários, conferências, até mesmo em trabalhos de grupo, mas a verdade é que nem toda a gente se questiona sobre as suas consequências ao nível da comunicação. Como Edward Tufte afirma no seu texto PowerPoint Is Evil:

“Imagine a widely used and expensive prescription drug that promised to make us beautiful but didn´t. Instead the drug had frequent, serious side effects: It induced stupidity, turned everyone into bores, wasted time, and degraded the quality and credibility of communication.”


Em vez do PowerPoint ser um instrumento de suporte de uma apresentação, tornou-se a apresentação em si: simples (por palavras-chave, tópicos); sem conteúdos pesados; sem qualidade (informação pouco aprofundada) e denunciando uma falta de reflexão, de empenho em desenvolver a temática ou até mesmo de compreensão.

Ao sermos iniciados nesse mundo do audiovisual PowerPoint, deveríamos aprender algumas outras coisas básicas sobre funções de comunicação. A principal lição seria: o conteúdo não pode ser substituído pela forma como é transmitido. Isso acontece normalmente e não nos damos conta de que a informação que desejamos passar acaba por se perder, pois há tanta imagem que não se percebe nada. Ou seja, imagem em detrimento da informação. Outra lição seria: não colocar muito texto em uma apresentação. Isso deixa quem assiste muito enfadado e com muito sono. Agora, há mais informação que imagens, mas são informações demais que acabam por atrapalhar a compreensão. Ou seja, muitas letras para pouco espaço. Um outro detalhe é: a apresentação por slides não pode ser a única fonte, você tem de saber o conteúdo que quer apresentar e não ficar dependente do que aparece no slide.

A questão é simples: Não deixe que o fascínio pela multimédia o transforme num vendedor de ideias soltas, num apresentador de imagens e vídeos apetitosos que falham na ausência de conteúdos.

Thounds


Thounds é um site que permite gravar e partilhar músicas originais. Se no decorrer do nosso dia tivermos uma ideia para uma música podemos aceder ao Thounds para a gravarmos, visto este site ter um gravador de áudio integrado na sua página Web. Para isso, basta-nos ter um microfone integrado no nosso computador, ou então, caso queiramos adicionar algum instrumento à nossa música temos de ligar o objecto ao computador. Depois de gravada a faixa de áudio, milhares de pessoas em todo o mundo podem alterar e melhorar a nossa faixa, adicionando novos ritmos ou instrumentos. Depois de finalizada, a música pode ser postada em blogs e ainda em redes sociais como o Facebook, MySpace, etc. O Thounds tem como objectivo captar as nossas inspirações musicais e ainda assim, criar uma comunidade de pessoas que partilham o mesmo gosto: a música.

O Thounds, sendo uma ferramenta de Web 2.0, permite que o utilizador deixe de ser um mero receptor para passar a ser ele próprio produtor de conteúdos. Uma das principais características deste site é o aproveitamento da inteligência colectiva: um utilizador pode gravar um som, que posteriormente é editado por outro membro da sua rede.

Se é amante de música, visite: www.thounds.com


Thursday 15 October 2009

“Dormi na casa de pessoas que nunca tinha visto antes”!!!


Essa frase, no mínimo, soaria estranha se não estivéssemos falando sobre uma rede social conhecida por CouchSurfing. Através de um perfil virtual, pessoas de todo o mundo relacionam-se e se hospedam umas na casa das outras com a confiança na ferramenta da Internet.


No entanto, engana-se quem pensa que isso é apenas uma brincadeira de postar fotos, músicas e recadinhos para um amigo como acontece em outras redes como Orkut e Facebook, pois cada membro para ser confiável deve passar por uma averiguação do sistema do site. Nesse caso, há uma união entre os dados postos no perfil virtual com quem realmente o utilizador é no “mundo real”. Além disso, se outros contatos que foram verificados pelo sistema passarem no seu perfil e deixarem relatos sobre você, haverá mais confiança.


Depois de ser considerada uma pessoa confiável, os outros utilizadores podem saber se podem recebê-lo ou se hospedar em sua casa por alguns dias com a tranquilidade de quem está na presença de um velho conhecido. Os maiores integrantes dessa rede são os tão conhecidos “mochileiros”, jovens que viajam pelo mundo em busca de conhecimento, diversão, cultura e conhecer novas pessoas e lugares.


Como isso tudo acontece? As pessoas se conhecem em grupos que podem ser por afinidade de gosto musical ou equipa de futebol ou, o mais popular, de acordo com cada cidade. Assim, elas se conhecem virtualmente, através do perfil que existe na Internet. Porém fazer parte da rede não significa que você tenha que obrigatoriamente hospedar alguém em sua residência, há, nos perfis, opções sobre sua disposição e, dependendo do caso, você pode selecionar apenas que está disposto a tomar um café, um drink ou dar uma volta e apresentar os principais pontos turísticos de sua cidade.


Para conferir sobre o CouchSurfing, acesse http://www.couchsurfing.org/ e conheça o mundo em seu sofá ou no sofá dos outros!

Wednesday 7 October 2009

Imagine

Imagine uma história dos media invertida: uma história da comunicação em que os meios audiovisuais surgiram em primeiro lugar. Seguindo a sugestão de Steve Johnson, em “Tudo o que é mau faz bem”, uma história em que os jogos de vídeo foram inventados muito antes que os livros. Qual seria a aceitação destes últimos? Muito provavelmente surgiriam comentários afirmando o valor de estimulação que os jogos de vídeo comportam, em detrimento do isolamento e da falta de estímulo dos nossos sentidos que a leitura oferece, como afirma o autor.

Apesar do importante valor da leitura, que permite desenvolver a atenção, a concentração, estimulando o pensamento; e comparando-o aos jogos de vídeo, este trata-se de um processo passivo, onde não é possível interferir no desenrolar dos acontecimentos. Mas a controvérsia gerada em torno desta temática não é se não, uma dificuldade em ver para além dos benefícios da leitura, que não têm que colidir com os benefícios dos jogos de vídeo. Tem de se criar um espaço para equacionarmos vários pontos de vista diferentes, para que juntos, a leitura e os jogos de vídeo, proporcionem benefícios para as crianças.

O efeito do progresso da tecnologia é cada vez maior, segundo um artigo da Pública, o elevado número de casos de hiperactividade poderá significar muito mais do que uma simples doença. A crescente exposição precoce às múltiplas imagens audiovisuais poderá estar a causar problemas de atenção, uma vez que o cérebro passa a aceitar apenas um elevado grau de estimulação, consequência da velocidade e fragmentação dos estímulos visuais. Podemos estar perante uma mudança na inteligência humana, que se depreende com formas de pensar mais imediatas e tridimensionais.

Existe um choque entre a novidade e a tradição: “Avô, vem jogar Playstation comigo.”; ao que este responde: “Neto, o avô não percebe dessas modernices. Vem antes jogar ao berlinde.”. As brincadeiras lúdicas têm vindo a mudar com o tempo, adaptando-se à rapidez com que as nossas crianças aprendem. Enquanto as novas gerações tendem a valorizar apenas as novas tecnologias, as gerações mais antigas não se conseguem adaptar.

Os jogos de vídeo, devido a terem surgido depois dos livros, criaram uma certa rejeição por parte das pessoas, sendo vistos como algo não benéfico. Mas o problema é que as pessoas só se limitam a olhar para um dos lados da questão, em vez de analisarem a frente e o verso. Claro que por um lado, os videojogos têm conteúdos impróprios e violentos, e que, possivelmente esses mesmos conteúdos poderão determinar comportamentos violentos no futuro. Mas o mesmo se pode dizer dos livros. Há uns anos atrás houve um caso de suicídio de um rapaz que se atirou de um prédio porque pensava que tinha poderes mágicos como o seu herói, Harry Potter. Será então uma comparação justa? Ou serão estes dois passatempos mais semelhantes do que parecem?

O problema apontado por este artigo é, não só a inadequação do sistema de ensino, que não tem em conta estas novas competências, exigindo às crianças capacidades e comportamentos incompatíveis com esta mudança; como também o facto de se encarar esta transformação de capacidades como uma doença, o que leva à administração de Ritalin (anfetamina), a um elevado número de crianças por todo o mundo.

Mas de quem é a culpa? Dos media que “bombardeiam” as novas gerações? Ou, quem sabe, dos pais que tomam uma atitude super protectora de colocar os seus filhos cada vez mais em contacto com esse novo mundo, de modo a não deixarem que as crianças saiam de casa e “corram o risco” de brincar na rua?

Cada vez mais os pais estão a ceder aos pedidos dos seus filhos, tornando-os crianças mais dependentes e sem limites. Além disso, a exposição excessiva à tecnologia, trouxe o comodismo de receber tudo pronto e na hora, o que gera indivíduos impacientes e cada vez menos independentes.

Esta situação agrava-se pelo facto de as tecnologias serem uma presença constante no nosso dia-a-dia e de os pais terem cada vez menos tempo para estar com os seus filhos; o que faz com que haja um aproveitamento exagerado das tecnologias… Os pais em vez de brincarem com os filhos, de os estimularem para outras actividades e de lhes mostrarem que existe um número infindável de coisas para fazerem a par de estarem sentados horas em frente à televisão a jogar, limitam-se muitas vezes a dizer “Ah, joga um bocadinho de Playsation enquanto a mãe acaba o que está a fazer!”. Geram-se então questões controversas: Será que é justo culpar as tecnologias? O seu uso será o mais correcto?

A questão da atenção é proeminente, dado que é o que permite estabelecer ligações aos assuntos, assim como relações pessoais. Sem a sua existência tudo se torna superficial. Torna-se assim imperativo uma tomada de consciência para a influência tecnológica e para todas as mudanças que esta permitiu.

Será necessária uma adaptação da escola a esta nova realidade, mas também é importante que a escola mantenha os seus métodos mais tradicionais, que fomentam outras competências importantes para o desenvolvimento cognitivo humano.

Imagine. Questione-se. E pondere todos os pontos de vista.